Depois de muita insistencia, vou contar!
A verdade é que eu não estou ansiosa pelas minhas responsabilidades, ao menos contente por enfim, me levar mais a sério e me comportar como uma boa garota adulta.
A verdade, verdadeira é que eu ainda não me acostumei com a ideia de que eu cresci. Que a minha vez de caminhar chegou, de dar descanso aos pés cansados da minha mãe, de massagea-la os ombros doloridos, que me apoiaram e me deram sustento toda a minha vida.
Ah! A verdade, verdadeira de verdade. É que eu tenho medo de perder a atenção e carinho do meu tesouro (A família). Quem mais, além deles vai suportar as minhas loucuras e ecêntricidades com tanto carinho e respeito. Não posso negar que estou apavorada com essa sensação de desprendimento. E me agarro de volta a infancia. Que era fácil apenas chorar e ser acalentada.
Por que eu não consigo entender que eles não vão me deixar só porque entrei na faculdade ou porque faço planos de ter a minha própria casa com caféteira?!
Enquanto entendo mas sem aceitar, vou ensaiando a caminhada, vou me preparando aos poucos, só pra dizer que eu venci o tempo, que ainda sou a princesinha.
Por: Amanda Vital.